 
sexta-feira, 7 de março de 2008
Hum...será que existiu?
Quantas vezes pensei. Quantas vezes falei. Quantas vezes fiz valer a voz de um operário racional. Quantas vezes fui desqualificada de insinuações pragmáticas. Quantas vezes tentei. Quantas vezes pedi. Quantas? Quantas?Quantas? Um dia és a neurótica conversadora de fálas descabidas quando a ribeira corre fluídamente. Outro és o chacra activado e maritalmente acabado. Quis mover o mundo com a voz agonizante das noites mal dormidas enquanto sorrias a independência no casal. Eu só cria a continuidade mas Abril já nascera naquela noite que fiquei para trás à hora de jantar. E logo jantar… pensas-te que este jogo era menos simples que aldeias inventadas cibernauticamente? Possivelmente. E eu cantei a glória de achar que a perfeição passaria por esperar, compreender e … esperar? Compreender? Exacto não é por caridade nem sem ela. O meio termo de uma balança de àgua mole em pedra dura. Segundo a segundo. Minuto a minuto. Hora a hora. Dia a dia. Mês a mês. Ano a ano. Noite, noite e lá se foi o dia. Como aliás tudo que nem sei o que foi. Lembras-te? Ah, esquece. Ou melhor fica na mesma visto que o esquecimento implica lembrar e isso se não existiu... Então… então calo-me porque falar no vaco foi a cosntante que me sufocou quando. Epá quando aquilo aconteceu. Será? Eu não ouço o toque, a mensagem, a gargalhada, o carro. O carro. Provavelmente mais um daqueles filmes estranhos com a maior dose de loucura que dizias fazer quando, dormia. Exacto. Mas será que dizias ou até isso sonhei. Creio nesta nova visão simplista de achar que eu também acordei nas lágrimas naquela noite em que o dia não existiu e nada mais. Nada mais existiu. Ahahahah. Esta capacidade compulsiva de fazer. Viver. Filmes com todos os personagens que permanecem quando tu, pufft lá foste. Mas será que foste? Se pensei que a porta tocava e mais um café tomava, aí já desacreditei. Só pode ser a metafisica, a metamorfose, a morte ou qualquer coisa que este “m” me esteja a dizer. “posso ligar-te?” perguntam as lágrimas sacrificadas. “claro.” Responde a firmeza escondida…em cada gesto teu. Como dizia alguém. E eu a pensar que podia dizer alguma coisa. Oh céus, já tudo foi dito. Até as mais belas tristezas, como alegrias shakespereanas e eu cá finjo. Nunca julgaria que hoje acreditaria reconhecer a minha imaginação de coisa nenhuma que queria ter certeza. Acorda. De noite. E vê-lá se cresces. Percebes. Vives. Que ninguem viverá no amor, por ti. Esta coisa da lamechice e dos livros dourados ficaram na infância do ouro quando tudo era o que era. Ou será que não foi? Ou nem existiu? Queres ser tão politicamente correcto. Mas eu cá te digo, mais fácilmente engolo o vómito politico de um qualquer mundo, há falsa modestia de quem já nem sabe o que quer, se quer e se vai. A não ser que o carro seja turbodisel talvez de 2000 cavalos. Ah, eu a pensar em motores,nem tirei carta. Também lembras-te lá naquele mundo imaginário deste tema? Na realidade, se é que Eu conheço, apenas conduzes o volante civic e caminhas nessa adrenalina que te leva entre as imperiais amigaveis, um copo de trabalho, uma gata, e uma cama que até joga playstation. E como é que não vi, que a minha fantasia seria tão perspicaz até à esclamação de que a maquinaria ou mundo inanimado além de amigável, fez-me apaixonar e sentir que seriamos a balança. Ahahahahahhahaah. Ba-lan-ça. Reparaste? Nada pode sequer pesar na balança com tanta cedência em forma de certeza e paixão absoluta. Foda-se soubes-te alguma vez o que seria o medo, o ciúme, a perda, o dinheiro? Nepia, como dizem os felizes que contrapoem a vida com ritmos de dança. Tanto cansaço para nada. Tanto receio. Até o amo-te é por favor porque odeio-te é mais épico e eu apenas a convencionalidade que nem chegou a oficial. Talvez por não jogar futebol, não morar na suiça, ou… ceder. Alguém tem que ceder. Então cedemos os dois e…nada acontece como tudo deixa de lá estar. E esteve. Ouvis-te? Se não ouviste tudo isto, mesmo que “tu” sejas mais um daqueles bonecos criados à minha imagem. Assim o serás até prepectuar esta tua existência. Julgaste que acabar era partir? Eu sou a louca. Eu fantasio. Eu termino a história. E agora és apenas uma fixão para que não fique sozinha com a televisão. Porque até é sábado e ninguém está, como eu, em casa. Como tu.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
 
Sem comentários:
Enviar um comentário