domingo, 9 de novembro de 2008

despe-me de mim

Navegada.

Perdida.

Despida.

Toca-me se souberes. Se me descobrires não digas a ninguém. Não quero ser mais uma maqueta de cidades humanas…

Eles sabem falar… Eles sabem dizer… Eu não sei se não ouvir os diálogos escondidos pelos palcos ou sussurrar os olhares que escondo.

Eu não sei se sei.
Uma realidade paralela transversal ao sentido possível de uma bolacha de chocolate.
Por não pagar portagem. Por não saber o caminho. Por não levar mapa. Por não conduzir. Por não chorar. Por não acordar. Por não levar sinto. Vou deitada no silêncio escondido da procura. Paz. Criança. Não se faz.
A mesma língua. Gramática teatral. Verdade na máquina. A máquina que está enterrada em mim e não vai comunicar.

Despiste-me.

Vou esconder-me mas deixar-te.
Não digas o que viste que eu não digo o que sou. Não digas o que és que não digo o que (não) vejo.

Vou passar por ti sem te dizer. Ainda não sei chorar sem elásticos…
Se me encontrares perdida não me percas encontrada. Fiquei sentada no tabuleiro do jogo acabado de braços cruzados e olhos fechados a espera de lua.

Obrigada por me despires.
Só assim sei como é ficar com frio.
Só assim sei como é não ter onde morar.
Só assim sei que me vejo no espelho da outra cara.
Só assim sei que não morri esquecida…………………………………….

1 comentário:

Delirium Cordia disse...

Vao deixar-te...

vao te dar razoes para a tua atitude..

vao fazer-te aquilo que quiserem..

vao mexer em ti, e vao te tocar...

vao-te retirar o teu verao...

vao te esconder para qeu nao sejas vista como Carolina..

...

e tu deixas...

e eu passo por ti..

e tu deitaste...

e olho para ti..

e tu deixas...



nao... nao desta vez...

*Imerge a tua alma em Amor