sábado, 31 de maio de 2008

teoria da batata doce com acne

Primeiro veio a sarna. Ao que consta da família dos ácaros que perfura a pele humana alimentando-se da mesma. Efeitos secundários, comichões fortes e continuas. Os joelhos assemelham-se a uma obesidade, os braços a uma plantação de cebolas. Depois veio o agravamento da sarna como recalcamento a uma certa indiferença. Muda-se a roupa da cama todos os dias, derramam-se frascos activos de líquidos de resoluções pouco imediatas. Mais tarde chega a alergia a qualquer coisa, ao sol, ao mar, à salada. Não interessa. Os braços são lixas, uma crosta forte de comichão negra respeitando as regras de construção civil para um prédio de grande tamanho. O olho, inchado. Não abre, foi o papão que veio com o João Ratão. Enfia agulha. Parte agulha. Deita fora o álcool, o chocolate, a salada. Uns papos na cara como camadas de lava quente sobreposta. Um pêlo. Uma verruga.
Ah Ah.
Uma verruga dizem Eles. E pega-se. E é na boca. E nunca ninguém viu antes. E não há receita de farmácia. E não é nada verruga. Nem sarna. Nem alergia. Nem pêlo.
Atente-se, a natureza está revoltada contra o Homem. Foi criado um 13º planeta. Não interessa quantos existem porque este é O 13º planeta. O planeta das causas profundas, das manifestações contra-humanas. Este ponto é tão simples como eficaz. O mundo animal cria cidades em corpos humanos fazem estradas nos cérebros, tem sitios quentes, janelas nos olhos, restaurantes na barriga, mares, pés que viajam, etc. De lembrar que a comichão provocada pela sarna é resultado do que se alimenta ou seja, as fezes. Posto isto é claro que existem nomes medicinais para desculpar verdadeiras invasões animalescas a um condomínio humano. São espécies do 13º planeta que vêm morar em alguns corpos, escolhidos propositadamente para nascer, para engravidarem as metamorfoses. São cobaias do novo mundo. As ancas largas, redondas e anormais, não tem celulite mas uma visão obscura das ondas, é um interno espectáculo de golfinhos. A verruga é o ovo que o dinossauro deixou, a obra-prima de toda a história: renascer das cinzas na “boca do povo”. Comichões variadas, festejos histéricos de pulgas embriagadas. Um estômago dilatado, é um peixe balão ou uma cobra a parir, ainda por descobrir. Olho inchado, leão com overdose.
Porquê?
Simples. Destruir a camada do Ozono, incendiar as florestas, largar águas fundas nas casas destruídas, não chega. Os humanos só vem com espelho. Este é o espaço de exteriorizar pelo corpo apenas de uns, porque a vulgaridade nunca fez diferença.
É a natureza a lutar com o Homem.Itálico
Eu sou a montra.

1 comentário:

Anónimo disse...

Brilhante! é isso mesmo! Agora sofremos, agora percebemos....sera atrde demais?
bem Carolina Bettencourt... a maneira como escreves diz mais do que o que relamente escreves :) (e isto é um bom dizer do que escreves) apos esta viagem pelo teu corpo nao posso negar o meu encanto pelo teu 'sinal' 'verruga' no teu labio *